Porque Tarot?
Em 2017, quando foi lançado o Tarot Psiônico de Ação Pulsada, optou-se pela designação “Tarot”, por uma série de razões e no início — e não só no início — houve uma série de críticas a esta escolha.
Isso porque palavra Tarot normalmente está associada a um conjunto de cartas que englobam 22 cartas que representam os chamados arcanos maiores e 56 que representam os chamados arcanos menores. Isso é o que normalmente consideram os tarólogos (nos últimos 500 anos, na melhor das hipóteses).
Entretanto, este nome por extensão tem designado outros jogos de cartas, onde não há a presença clara destes arcanos, como o Tarot dos anjos ou algumas versões do Tarot Celta e para horror dos puristas, algumas pessoas chamam o Petit Lenormand de Tarot dos Ciganos (que a rigor não é nem Tarot nem cigano).
Talvez, por isso, um amigo tarólogo, com um misto de admiração e reprovação, me disse:
– Você é um iconoclasta!
Na realidade eu não pretendia ser um iconoclasta nem desrespeitar nenhuma tradição. Apenas usei a palavra Tarot como sinônimo de conjunto de cartas com finalidade divinatória. E já havia o conceito de “Tarot”, como um instrumento oracular e terapêutico, o que me pouparia alguns esforços ao explicá-lo.
E Psiônico?
Desde o início tinha em mente que o Tarot utilizaria de símbolos que seriam utilizados como filtros, de forma semelhante ao Reiki. Lembrei-me então do termo “psiônica”, que ganhou força durante o crescimento de parapsicologia, em especial nos anos 60 e 70.
A origem do termo está nos primeiros estudos de Parapsicologia, quando esta ciência se estabeleceu. A Parapsicologia se propunha a estudar fenômenos ditos paranormais, que não podiam ser explicados pelas outras ciências, em especial a Física, a Psicologia e a Biologia.
Os fenômenos paranormais agrupam a telepatia, a clarevidência, a psicocinese, premonição, as aparições de entidades (normalmente classificada como fantasmas) ou outros fenômenos de natureza semelhante.
P. Wiesner e Robert H. Thouless, em 1942, nomearam estes fenômenos de fenômenos psi, indicando que eram fenômenos mentais. Inicialmente eles foram subdivididos em psi-gamma, que englobavam as percepções, como a telepatia e a clarevidência e psi-kappa, para as ações, como psicocinese e aparições. Estes termos foram, mais tarde, alterados para psi passivos e psi ativos.
Dez anos depois, John W. Campbell, propôs o termo psiônico, que junta o prefixo psi e o a palavra iônico, já com a visão de que seria algum tipo de energia mensurável por equipamentos eletrônicos ou que pudesse ser empregada como parte de um equipamento eletrônico. Infelizmente essa mensuração ainda não ocorreu, embora os efeitos sejam perceptíveis.
Então foi escolhido termo psiônico para o Tarot, para enfatizar a questão de que o poder não estava cartas em si. Todas estas ferramentas representadas por elas eram apenas amplificadores do poder mental do operador.
Ação Pulsada
Por fim, Ação Pulsada. Esse termo foi cunhado na fase de testes por um tarólogo amigo nosso que enfatizou duas coisas. A proposta de que este tarot deveria agir no mundo, e não apenas lido, como um tarot convencional.
Entretanto isso colocava em pé de igualdade com o conceito de magia. Dentro desta forma de pensar, o oráculo das runas de aduela trabalha neste sentido: não pretende apenas ler o futuro, mas modificá-lo.
Entretanto, a palavra mágico não faz sentido, num contexto terapêutico, embora seu apelo fosse muito grande. Entretanto, não se queria enquadrar este Tarot em nenhuma tradição de Magia e não se queria criar nenhuma expectativa exagerada, positiva ou negativa.
Optou-se então, por Ação Pulsada, lembrando o envio de energia por um trem de pulsos e assim enfatizar a natureza vibracional que norteia este trabalho.
Assim, acabou-se por cunhar o título Tarot Psiônico de Ação Pulsada, que no presente momento está em sua segunda edição, consolidando seus quase quatro anos de sucesso.
Ótima matéria, esclarecedora. Também venho sendo questionada sobre o tema.