Mais um evento notável nos céus: um eclipse lunar penumbral no dia 16 de Setembro de 2016.
Um eclipse penumbral significa que a Lua não será coberta pela sombra principal da Terra, mas pela su penumbra, ou pelo trecho onde pouco a pouco a sombra se transforma em luz (uma boa metáfora, não?). O efeito visível disso é que a Lua ficará um pouco menos brilhante do que deveria e pode ser até o que o eclipse seja difícil de ser observado. E como se alguém baixasse ligeiramente a luminosidade de uma lâmpada por meio de um dimmer.
Ele será visível em toda a Europa, a Ásia e África e um pequeno trecho do Brasil.
Como estará o céu neste dia
Para analisar em vez de escolher Brasília ou São Paulo, escolhi Maputo em Moçambique. A razão para isso é que a posição dos planetas nos signos independe da localidade e Maputo está na Zona da visibilidade do Eclipse. Um outro motivo é que quando se vai analisar o céu normalmente se escolhe a capital do país (eu deveria escolher Brasília), a cidade natal do astrólogo (Eu deveria escolher São Paulo) ou uma cidade europeia ou americana para traçar o mapa astral. Moçambique é um país lusófono, e está na África e ninguém fala da África. Resolvi dar um pouco de representatividade a um continente tão esquecido.
Aqui está o Mapa Astral no momento de início do eclipse, que será às 20:54 horas de Maputo, que corresponde às 15:54 para as cidades brasileiras onde ele será visível (entre elas, Maceió, Salvador, Fortaleza, Vitória, João Pessoa, Recife Natal e Aracaju).
O eclipse terá quatro horas de duração. Segundo Ptolomeu, os efeitos serão sentidos um mês para cada hora, ou seja, perdurarão por quatro meses.
Energias que estarão presentes
Além da obvia oposição Sol-Lua (eclipses lunares no ocorrem nesta situação), temos Mercúrio Retrógrado o grande vilão costa larga a ser responsabilizado por todos os mal entendidos, brigas de namorados, delações premidas não ouvidas, vazamento de informações sigilosas, distorções de notícias e incidentes diplomáticos que vierem a correr durante a sua retrogradação. E, segundo Ptolomeu, prorrogável pelos próximos quatro meses.
Este ainda está recheado de oposições, quadraturas, formando várias Grandes Quadraturas (os triângulos retângulos vistos no mapa), como podemos ver a seguir.
A Grande Quadratura ou Quadratura T é um conjunto de aspectos (dois planetas em oposição que forma cada um deles uma quadratura comum terceiro) que formam um triângulo retângulo no mapa,. Um primeiro olhar para uma figura deste tipo é a sensação que falta algo, como se o mapa estivesse “capenga”, como uma mesa de quatro pernas em que faltasse uma. E é justamente para esta perna que devemos olhar. O planeta que reúne as duas quadraturas é quem aponta o local para onde devemos olhar. Seria casa ou o signo onde “deveria” existir um planeta em oposição, criando assim um quadrado perfeito ou uma cruz.
A primeira Grande Quadratura que iremos examinar é dupla. Uma envolve uma oposição do Sol com a Lua e Kiron Retrógrado em conjunção e em quadraturas com e Marte. E a outra envolve Mercúrio retrógrado no lugar do Sol.
Marte, o planeta no ângulo de 90°, está em Sagitário. O Signo oposto é Gêmeos, cujo regente é Mercúrio, que está em Virgem, e Faz parte de um dos lados de uma das quadraturas.
Gêmeos é o signo da comunicação, regido por Mercúrio, que também rege Virgem. Ele está em seu segundo domicílio (o primeiro é Gêmeos). Uma combinação bastante interessante: Marte, o planeta do impulso agressivo, aponta para Gêmeos, o signo da diplomacia. E, apesar de retrógrado, Mercúrio está sem seu domicílio. Virgem é o signo da organização metódica e também recebe o Sol, indicando uma forte indicação de busca da ordem, mas uma ordem egoica (ditatorial), estimulada por Marte em Sagitário. A Lua e Kiron estão em Peixes, o que indica fortes emoções a presença do lado Salvador-Vítima do Triângulo Dramático de Karpmann. E o terceiro papel – do algoz – fica com a combinação Marte/Sol.
Resumindo: a situação tensa pede racionalidade para que se rompa o triângulo dramático. A nível planetário, indica acirramento de conflitos que pedem uma mediação diplomática urgente. E a nível pessoal será uma situação onde as pessoas discutem sem ouvir o outro, o que pede uma intervenção racional para colocar-se a situação nos eixos. Hora do mundo procurar soluções diplomáticas e dos casais procurarem terapeutas.
Conselho: nos próximos quatro meses evite a todo custo entrar em discussões e se entrar em uma tente cair fora dos papéis do triângulo dramático.
A nível do Brasil teremos uma eleição municipal, dentro do período ptolomaico de quatro meses de “validade” do eclipse. Elas serão marcadas profundamente pelo emocional: frustrações, revoltas e raiva por quem está do outro lado.
O resultado será um retrato disso, o que poderá não traduzir o que é melhor para cada município ou para a nação como um todo.
No próximo artigo falaremos das outras duas grandes quadraturas.