O Eremita, a carta 9 do Tarot, é representado por um velho portando uma lanterna, lembrando a figura de Diógenes, um filósofo grego da escola dos Cínicos. Ele dizia estar procurando o “verdadeiro homem”, por isso portava aquela lanterna, mesmo a luz do dia.
Esta figura foi popularizada nos anos 70 por ser inspiradora da capa interna do álbum Led Zeppelin IV. O desenho foi diretamente inspirado no Tarot de Waite.
É um arquétipo masculino típico e representa a figura do mentor, o sábio que orienta o discípulo os primeiros passos de sua senda. Ele é mais do que um professor, pois não ensina diretamente, mas cria condições para que o aprendiz descubra por si mesmo a verdade a ser mostrada. Na ficção há figuras bastante populares: Merlim, Gandalf, Yoda (no episódio o Império Contra Ataca) e até o Imperador em relação a Anakin Skywalker.
Seria uma oitava acima de O Mago. O Mago também aponta caminhos, mas está mais próximo de um Mágico, um ilusionista ao estilo de David Copperfield do que deum Merlin.
Todos nós – mulheres e homens – temos em nosso interior um velho sábio a nos orientar, O Guia Interior, em algumas tradições místicas e foi um dos arquétipos descobertos por Jung.
O Eremita sabe que a verdade vem de dentro para fora e não pode ser ensinada, mas tem que ser descoberta. O nosso Eremita interior nunca nos fala diretamente, mas usa da intuição ou de experiências pessoais para nos ensinar. Podemos, por exemplo, ter uma súbita vontade de mudar o caminho que normalmente usamos para ir trabalhar e acabamos por encontrar com um amigo. Com certeza este amigo terá algo importante a nos dizer. De uma forma mais radical, pode acontecer de sofrermos um acidente que nos impeça de fazer algo ou nos conduza a um aprendizado. Por isso o conselho: sempre que lhe acontecer algo ruim, pergunte o que você precisa aprender com aquilo. Pode ser o Eremita atuando para lhe ensinar.
O Louco encontra agora o Eremita e descobre que a lição mais importante é aquela que está em seu interior e a luz só virá se ele buscá-la.