No dia 15 de abril, exatamente às 4:46 h (horário de Brasília), lua estará completamente coberta pela sombra da Terra, configurando o que seria um eclipse total lunar.
Os órfãos do apocalipse encontraram outra data para ressuscitar o velho medo atávico do fim dos tempos, já que ele é o primeiro de uma tétrade de eclipses lunares (uma sequência de quatro eclipses que ocorrerão em 15 de abril de 2014, 8 de outubro de 2014, 4 de abril de 2015 e 28 de setembro de 2015). Segundo alguns vaticinadores, tétrades são mensageiros de grandes e catastróficas mudanças.
Dado o fracasso continuado destas previsões, devemos olhá-las com cautela, mas nada impede de dar uma olhada no mapa astral deste momento, em especial nos aspectos.
Um eclipse lunar, que é o alinhamento do Sol, da Terra e da Lua, de tal forma sincrônico, que a sombra da Terra encobre a Lua. Astrologicamente falando, é uma oposição Sol/Lua, bastante acentuada por ser um eclipse.
Num mapa natal seria o conflito entre o ego (o Sol) e as emoções (Lua). Numa situação planetária seria o confronto entre o poder instituído e a livre expressão da população. Pode ser numa situação particular (uma discussão sobre restrições de liberdades individuais em um país) ou global (guerras, golpes, revoluções ou intensificações de tensões que englobem um grande número nações). Mas, alguns dirão, ocorre oposição sol / lua toda lua cheia. Pois nestes dias, a probabilidade de conflitos será maior. Em noites de lua cheia, sobretudo no plenilúnio (o dia exato em que a lua está em oposição máxima com o sol) há um maior número de assassinatos, os loucos ficam mais exaltados (daí o termo lunático) e paradoxalmente há um maior número de nascimentos. Muitos conflitos entre nações começaram em lua cheia.
No mapa podemos notar que o Sol em conjunção com o Nodo Sul está em Áries (exaltação) e a Lua em conjunção com o Nodo Norte em Libra. Numa mapa natal indicaria alguém com iniciativa e energia para começar as coisas, mas sem interesse em concluí-las. O Nodo Sul em conjunção com o Sol indica um forte resgate cármico em relação ao egoísmo. A sua lição virá da Lua em libra, em conjunção com o Nodo Norte. Ele terá que aprender a deixar o egoísmo de lado, através de um relacionamento harmonioso onde aprenderá a tratar a outra pessoa de igual para igual. A nível coletivo, seria um aprendizado sobre tolerar diversidades.
Observe agora o mapa com as oposições e quadratura em evidência.
Antes de analisarmos uma a uma, observe que alguns aspectos desenham um quadrado e suas diagonais. Este é um grande aspecto (uma figura geométrica formada pelo agrupamento de dois ou mais aspectos). Na grande cruz são duas oposições combinadas com duas quadraturas. Os vértices dos quadrados repousam sobre signos cardinais. Cardinal significa “de grande importância”. Aliás se observarmos o mapa, uma grande quantidade de planetas repousa sobre signos cardinais ( Áries, Câncer, Libra e Capricórnio). Isso torna esta cruz como muito importante, e os resultados de sua influência, fundamentais. O seu significado num mapa natal são tensões formadas pela oposição de forças que podem para paralisar o indivíduo, mas que podem alavancar um grande sucesso. São dificuldades que motivam a superação. A nível planetário, são tendências opostas atuando simultaneamente (por exemplo, movimentos nacionalistas e separatistas de um lado e formação de blocos econômicos ou políticos de outro).
As duas oposições são Mercúrio em conjunção com Urano se opondo a Marte e, por sua vez, Plutão se opondo a Júpiter.
A primeira está nos signos de Áries e Libra, indicando a necessidade de fazer algo contra manter o equilíbrio da situação. Áries que fazer uma revolução e Libra diz que ainda não é momento. Libra quer manter as coisas como estão e Áries quer mudá-las.
A segunda está em Capricórnio e Câncer. O pragmático versus o sentimental. Aqui o conflito é entre fazer algo necessário, mas que pode magoar alguém. A nível individual poderia ser um conflito causado por exemplo pela necessidade de economizar fazendo alguns cortes que podem prejudicar algum membro da família (um dos cortes pode ser a escola do filho). A nível planetário pode significar sacrifícios de alguns em benefício de outros, nem sempre de forma justa (por exemplo, a remoção de pessoas, às vezes violentas, nas áreas onde estão sendo construídos estádios no Brasil). Se lembrarmos que Câncer também é o signo da maternidade, me veem à mente o triste caso da cesariana forçada.
Vamos analisar agora os planetas presentes. Mercúrio, o planeta da comunicação, está em Áries, o signo da inciativa. Também está em conjunção com Urano, o planeta da transformação. Aqui, juntando com o que vimos a respeito do Sol, arrisco uma predição: surgirá um líder carismático, com determinação e coragem, mas pouca constância, que muitas vezes terá ações que podem ser interpretadas como cruéis.
A ele se opõe Marte, que está retrógrado e em Libra (detrimento). Marte em libra e retrógrado seria o oposto do seu significado básico em vez de belicoso seria amante da paz. Podemos imaginar alguém como Gandhi ou o movimento hippie. O líder solar e mercurial descrito acima tem como opositor uma pessoa ou grupo de pessoas capaz de uma resistência passiva.
Observe bem o mapa. Não é só uma grande cruz que está formada. Um dos vértices está apoiado sobre uma conjunção: Mercúrio / Urano. Isso indica que sobreposta à grande cruz há uma grande quadratura, que indica grande tenção justamente no vértice do ângulo de 90º, onde está esta conjunção.
Vamos analisar este ponto: ele está sobre o signo de Áries, o signo da iniciativa, que está sendo forçada por Plutão em Capricórnio (signo do fazer e concluir) e Júpiter em Câncer (signo das emoções intensas e da maternidade). Levando só isso em conta, a nível global, há uma ordem sendo dada a Áries: conclua o que começou em relação à maternidade (ou à mulher de modo geral).
Observe agora os trígonos.
Há um Grande Trígono (triângulo equilátero) apoiado sobre os signos de água: Peixes, Escorpião e Câncer. Um Grande Trígono representa uma proteção especial, uma grande quantidade de energia disponível. Dentro do contexto que está se formando para nós, o elemento água representa justamente o oposto do que o grande líder descrito representa. Podemos imaginar que se há uma conspiração cósmica para fazer aparecer alguém que pode ser um Hitler ou um Stalin, também conspira para fornecer seu oposto, não necessariamente uma pessoa, mas uma atitude: a atitude do rio diante da espada. A espada, por maior violência que se use, não é capaz de cortar a água.
Os planetas envolvidos são Quíron em Peixes, o que indica forte compaixão, Saturno em Escorpião, que indica emoções reprimidas, inclusive o perdão e Júpiter em Câncer, indicando o cuidado e proteção.
Há mais coisas a serem observadas, porém as influências maiores destes aspectos já foram analisadas. Isso ficará para um próximo artigo.
Colocando isso tudo num poema (emulando Nostradamus):
No dia que a Lua se tornar Sangue
Um líder surgirá com vontade férrea
de dominar cruelmente o povo
Que não se dobrará e não quebrará
Agora um recado para os vaticinadores do fim do mundo:
Em 1162 houve um conjunto de aspectos raros nos céus e os astrólogos chineses se reuniram para determinar o significado daquilo. Após muita análise chegaram a conclusão que num determinado dia seria o fim do mundo. Este dia passou e nada aconteceu. Vinte anos depois, apareceu Gengis Khan. Tinha nascido naquele dia.
Ainda que ele tenha feito um grande estrago, não foi capaz de destruir o mundo.