Raidho, Rad ou Reid é a runa do carro, representando o carro de Thor, que percorre os céus em sua patrulha diária. Raidho também significa roda e, por extensão, qualquer círculo. Tendo isto em mente podemos entender o significado dos versos rúnicos:
É fácil para um herói manter-se na sela no saguão seguro.
Muito mais difícil é cavalgar em disparada
E permanecer firme nas longas caminhadas
Tradução livre de Mirella Faur
Era comum os vikings se reunirem para contar façanhas de uma batalha, e, como acontece hoje em dia, quem contava exagerava seus feitos e às vezes mentia descaradamente. Por isso a advertência: ficar sentado e contar histórias de heroísmo é mais fácil do que cavalgar de verdade e enfrentar as agruras de uma campanha.
O carro puxado por cavalos ou outros animais aparece em várias mitologias, como o carro de Apolo, o próprio carro de Thor, O Carro do Tarot, a diligência nos filmes de Western e Ben Hur e sua corrida de bigas. Em comum nestas histórias está a firmeza de propósito e a necessidade de controle. O carro hoje em dia ganhou motor, mas o simbolismo permanece nas corridas de Fórmula 1 em filmes como Velozes e Furiosos.
Pode-se pensar neste arquétipo como tipicamente masculino, porém pode (e deve) ser vivenciado pelas mulheres, como vemos neste cartaz do início do século XX, de um espetáculo de reconstrução história das corridas de biga pode-se perceber que o cavaleiro de uniforme azul é claramente uma mulher.
No arquétipo o Carro o simbolismo permanece, mas ele está colocado como necessidade de controle. Escolhemos para mostrar o Tarot Suíço do final do século XIX, pois ele deixa explicita esta condição. Nele vemos um rei num balcão apreciando uma provável corrida. Logo abaixo dele, abra-se uma porta e, saindo dela, vemos um carro puxado por cavalos onde cada um puxa para um lado e não há condutor no carro.
Meditação
O tema para meditação será a mudança de uma atitude passiva diante da vida para uma atitude ativa.
Feche os olhos. Relaxe seguindo seu método de relaxamento preferido.
Feche os olhos. Imagine que está numa carruagem. Você está tranquilo, cavalos seguem sozinho por caminho que já conhecem e você pode relaxar o controle do carro.
No início sente o prazer da jornada. Entretanto percebe que o cavalos começam a acelerar. Algo deve tê-los assutado!
Você está com dificuldade de pegar as rédeas e percebe que a estrada está indo para uma bifurcação.
Pela atitude dos cavalos, você percebe que cada escolheu uma direção diferente para seguir e isso poderá provocar um acidente.
Com algum esforço você consegue pegar as rédias, mas não há tempo para frear.
Você escolhe uma das direções e assume o controle para qua ambops os cavalos sigam na mesma direção.
Pronto você está aliviado. Aos poucos consegue diminuir a velocidade e parar.
Abra os olhos.
Pontos a observar:
O que sentiu quando os cavalos dispararam?
Diante da bifurcação, e da eminência de um acidente, o que você sentiu?
Ao assumir o controle você escolheu qual direção a seguir?
Uma vez assumido o controle, você continuaria o passeio, ou voltaria pra casa?
Em geral, as pessoas sente primeiro surpresa, depois medo e senso de urgência.
Para a maioria das pessoas, quem escolhe o lado esquerdo é mais intuitivo, e quem escolhe o lado direito, mais racional.
Quem continua o passeio tem uma postura mais descontraída diante da vida. Para quem volta, a cautela é mais importante que o prazer.