Nos percebemos numa casa estranha. Não sabemos como chegamos lá, mas estamos lá. Ela é muito antiga e escura. De repente, vemos um objeto no chão. É um brinquedo. O mesmo brinquedo que perdemos quando tínhamos sete anos.
Esta é uma cena típica de um sonho. Normalmente logo após acordarmos esquecemos dele, ou durante do dia, nossos afazeres diários nos fazem ignorá-lo e por fim o esquecemos.
Entretanto, esta mensagens podem e devem ser recuperadas pois são essenciais para nossa busca pelo auto entendimento.
Freud
Antes de Freud, os sonhos eram vistos como uma premonição na melhor das hipóteses, ou na pior, como possessão demoníaca.
Entretanto, no livro A Interpretação do Sonhos, Freud nos mostra que eles são parte importante de nossa psique e são mensageiros de nosso Inconsciente mais profundo.
O que será que aquele brinquedo simbolizava para o sonhador?
Para Freud, a maioria dos sonhos representavam desejos reprimidos ou lembranças de traumas vividos e que eram manifestados durante a noite, enquanto dormíamos. Os sonhos seriam uma válvula de escape e se manifestaria de forma controlada. O inconsciente usaria uma forma de censura. Segundo Freud, nos sonhos ocorre, em muitos casos, uma substituição simbólica do objeto. O brinquedo uma situação de perda, por exemplo, a morte de um irmão, ou o desejo de ter novamente a felicidade que aquele brinquedo proporcionava (Rosebud, de O Cidadão Kane).
Jung
Para Carl Jung, os sonhos iam além da ideia freudiana de que os sonhos representavam desejos não realizados ou manifestação de traumas.
Na sua abordagem, ele sugere um inconsciente coletivo além do pessoal e associa as imagens oníricas a símbolos que transportam mensagens do mundo do inconsciente coletivo.
Para Jung, o processo de análise como um todo e dos sonhos em particular envolveria o que ele chamou de arquétipos. Os arquétipos seriam constructos do inconsciente coletivo que organizariam a nossa psique.
Os arquétipos se manifestam através de símbolos, mais ou menos universais, que podem explicar algumas atitudes inconscientes.
Num sonho, cada ser que aparece pode representar um aspecto do sonhador. Pode-se pensar que também os objetos inanimados são partes do sonhador.
Mesmo os sonhos podendo ter uma simbologia universal, a primeira autoridade sobre os seus significados deveria ser o próprio sonhador. No processo de análise do sonho, o analista junto como o analisado vão descobrindo significados e obtendo insights sobre o sonho e a vida do analisado.
Tanto Jung como Freud viam o sonho de onde o sonhador era um ator sem roteiro, de um drama pré-escrito pelo inconsciente. Ainda que fosse o principal personagem, não tinha nenhum domínio sobre o enredo, embora percebessem que no correr do processo de analise, os sonhos mudassem com o tempo.
Recentemente, tem ganhado espaço tanto em estudos acadêmicos como na imaginação popular os chamados sonhos lúcidos.
Sonhos Lúcidos
Um sonho lúcido é quando o sonhador percebe que está sonhando. Isso pode acontecer com qualquer pessoa, porém, sem uma técnica apropriada eles são raros.
Num sonho lúcido, você pode mudar o rumo dos acontecimentos, por exemplo, enfrentando o monstro que o está perseguindo num pesadelo. Ou fazer a viagem dos sonhos, sonhando!
Para isso, existem algumas técnicas que podem ajudá-lo.
A primeira, que inclusive pode ajudá-lo a interpretar sonhos normais, é ter um diário de sonhos na sua cabeceira. Pode ser um caderno onde assim que acordar, você anota o que tiver sonhando. Anote tudo o que lembrar assim que acordar no meio de um sonho. Depois de algum tempo releia o que escreveu. Se quiser, pode também gravar no seu celular um relato breve.
A segunda é procura despertar mais cedo, programando seu despertador meia hora antes. Normalmente interrompemos um sonho nestas horas.
Uma terceira técnica e se perguntar em momentos aleatórios durante o dia se está acordado ou dormindo. Pode parecer estúpido, por que a resposta será sempre “acordado”. A pergunta seguinte é “como eu sei que estou acordado?”. A resposta pode ser algo que você não possa fazer no mundo real, mas possa num sonho: atravessar paredes, voar, etc.. Isso é útil porque se estiver num sonho e se perceber nele, poderá fazer esta pergunta e testar.
Outra técnica é usar uma reprogramação mental pra ter sonhos lúcidos. Um áudio onde você tem gravado comandos que o induzam ao sonho lúcido.
Neste link, você tem acesso a uma reprogramação deste tipo, um áudio de meia hora, que você ouve pouco antes de ir dormir.
Utilidade dos sonhos lúcidos
Você pode se perguntar para que servem os sonhos lúcidos. Eles tem várias utilidades:
- Interromper pesadelos. Se você está no meio de um sonho assustador e descobre que está sonhando você pode forçar o despertar, enfrentar a situação ou modificar ao sonho.
- Divertir-se. Pode criar um cenário de um parque de diversões, uma viagem ao exterior, assistir a um show de seu artista preferido, voar, conhecer uma celebridade etc.. Muito útil nestes tempos de pandemia.
- Resolver problemas. Nosso inconsciente normalmente continua trabalhar com situações que não conseguimos resolver durante o dia. Se você estiver lúcido vai conseguir lembrar da solução ou ajudar na sua construção.
- Experimentar cenários pra uma tomada de decisão. Crie dois ou mais cenários possíveis para algo que está em dúvida e veja qual é o melhor.
Tente. Por enquanto, sonhar é de graça!
Links de acesso
Para acessar o link para compra da reprogramação mental pra sonhos lúcidos, clique aqui.
Para acessar a Loja da Mente e conhecer outros produtos similares, clique aqui.
Estes links e alguns ao longo do Texto são da Loja da Mente, da qual sou franqueado. A responsabilidade pela qualidade e entrega dos produtos é Chris Allmeida, criador dos produtos mencionados.
